"O Rock é muito mais que um tipo de música. É uma maneira de ser, uma otica da realidade, uma forma de comportamento. O Rock é e se define pelo seu publico."
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
RUSH
Rush é uma banda canadense de rock progressivo formada pelo baixista, tecladista e vocalista Geddy Lee, pelo guitarrista Alex Lifeson e pelo baterista e letrista Neil Peart. A banda foi formada no fim da década de 1960 em Sarnia, Ontário, por Lifeson, Lee e John Rutsey.
Mudaram-se para Toronto para desenvolver a carreira da banda e começaram tocando canções de outras bandas em bares. Logo em 1974, duas semanas antes do início da primeira turnê, Peart assumiu a bateria no lugar de Rutsey, completando assim, a formação atual da banda.
A formação original da banda, em Setembro de 1968, contava com o baixista e vocal Jeff Jones, o baterista John Rutsey e Alex Zivojinovich (guitarra e vocais de apoio), mais conhecido pelo nome artístico Alex Lifeson. O irmão de Rutsey sugeriu o nome Rush batizando e, assim, decretando o início da história de um nome de sucesso. Ainda no mesmo ano, Jones foi substituído por um amigo de Lifeson, Geddy Lee. Sem apoio de gravadoras, lançaram seu primeiro disco independente em 1974, Rush. A popularidade da banda ficou circunscrita à região de Ontário até que o álbum, distribuído pela Moon Records, foi adotado pela rádio Ohio. Esse álbum, mais tarde foi redistribuído pela Mercury Records.
No início da turnê, John Rutsey teve que sair da banda por diferenças musicais em relação aos outros membros da banda. Então, duas semanas antes do início da turnê, Neil Peart “assumiu” as baquetas, criando a terceira e última formação da banda, que se mantém até hoje.
Peart é considerado um dos melhores bateristas do mundo. Ele também se responsabilizou pela composição das letras, muito influenciadas por poesia clássica, literatura, ficção científica, e ainda, pela obra e filosofia de Ayn Rand, que marca, por exemplo, a canção “Anthem” do próximo álbum, Fly By Night. A repercussão do primeiro álbum nas rádios estado-unidenses chamou atenção da gravadora Mercury.
Em 1975, foi lançado o segundo álbum, Fly by Night, já contando com Neil Peart na composição das faixas. A banda começou a mostrar o rock progressivo, pelo qual ficou famosa, se afastando do hard rock e do blues, e criando arranjos e letras mais complexas. Ainda no mesmo ano foi lançado o álbum Caress of Steel, mais voltado para o progressivo e considerado por muitos como o mais subestimado. Sofreram, entretanto, alguma pressão para que mudassem o seu estilo, fazendo composições de menor duração e mais comerciais.
O lançamento do álbum 2112, em 1976, definiu, então, o estilo da banda. O disco abre com uma faixa de vinte minutos, reveladora da independência da banda em relação aos padrões considerados comerciais. . A partir de então, foram ficando cada vez mais conhecidos pelo mundo afora. No mesmo ano foi ainda lançado o disco ao vivo All the World´s a Stage.
Em 1977, foi lançado A Farewell to Kings, disco em que se estreou o tema “Cygnus X-1”, que também seria editado no álbum que se seguiria: Hemispheres de 1978. O álbum também é conhecido por “Closer To The Heart”, um dos maiores sucessos da banda, e que foi ainda o primeiro compacto lançado pela banda internacionalmente.
. O álbum trata do conflito entre razão e emoção e o equilíbrio entre ambos. A primeira faixa continuava o tema “Cygnus X-1” iniciado no disco anterior, e ocupava totalmente o lado A do disco. Além disso, o álbum trazia a primeira faixa instrumental lançada pela banda: “La Villa Strangiato”. “
Em 1980, lançam Permanent Waves que traz os grandes sucessos “The Spirit Of Radio” e “Freewill”. Mesmo com algumas canções tendo uma duração maior, como “Natural Science” de nove minutos por exemplo, a maioria dos temas estava dentro do tempo limite das rádios. Em resultado disso, o álbum foi Billboard’s Top 10 e ganhou disco de platina pelas vendas.
Moving Pictures, o álbum seguinte, explodiu comercialmente com “Limelight”, “Red Barchetta” e “Tom Sawyer”, que no Brasil ficou conhecida como tema do seriado Profissão: Perigo. Outro destaque do álbum é “YYZ”, que foi indicada para o Grammy. No mesmo ano, gravaram o registro ao vivo Exit… Stage Left encerrando a segunda fase da banda.
A partir do álbum Signals, lançado em 1982, os recursos eletrônicos (teclados, sintetizadores, samplers) começaram a ser mais explorados. A primeira faixa do álbum “Subdivisions” é um bom exemplo de tal mudança. “New World Man” que tocou nas rádios, lembrava o som do The Police. Foi uma fase experimental para a banda. Peart foi muito elogiado pelo trabalho que realizou na bateria deste álbum. As canções têm letras relacionadas com as fases da vida, em ordem cronológica.
Grace Under Pressure, lançado em 1984, continuou esta tendência. Considerado pelo Rush seu álbum mais comercial, é neste CD que Terry Brown, co-produtor da banda desde o primeiro disco, deixa os projetos da banda, sendo substituído por Peter Henderson. . A canção “Between the Wheels” deste álbum, é como “Subdivisions” no Signals: são canções em que predominam os sintetizadores.
Em Power Windows, lançado em 1985, a banda troca, novamente, de co-produtor, sendo dessa vez o trabalho assumido por Peter Collins. “The Big Money” e “Mystic Rhythms”, são provalmente as canções com maior repercussão, pois ambas tiveram um videoclipe na MTV. Este disco, repleto de obras-primas, trazia ainda canções como “Manhatan Project”, “Marathon”, “Territories”, “Middletown Dreams” e “Emotion Detector”.
Lançado em 1987, Hold Your Fire Trazia letras que trabalhavam o tema instintos. Em “Time Stand Still”, Aimee Mann faz vocais extras. Este álbum teve ainda os sucessos “Force Ten”, “Prime Mover” e “Turn the Page”.
Em 1988 foi gravado o álbum ao vivo A Show of Hands, encerrando a terceira fase da banda.
A partir do álbum Presto, lançado em 1989, o trabalho da banda deixou de dar tanta prioridade aos teclados, mas ainda o usando de forma esplêndida. Em “Show Don’t Tell” e “Superconductor”, nota-se menos sua presença, já em “Chain Lightning”, “Scars” e “Red Tide”, os sintetizadores têm muito destaque. “Scars” junta um padrão complexo de ritmos onde a bateria acústica e eletrônica são usadas. De acordo com Geddy Lee,
a canção “The Pass” é a favorita da banda.
A turnê do álbum Presto foi a última em que Peart usou bumbo duplo em sua bateria[1]. A partir de Roll the Bones ele passaria a usar pedal duplo [2].
Após Presto, foi lançado o Chronicles, coletânea de 1990, com dois CDs e um vídeo com videoclipes que abrangem toda a carreira da banda. Recentemente, em 2001, os vídeos foram relançados em DVD.
Em 1991, a banda lança um novo trabalho. Roll the Bones. “Dreamline” e “Roll the Bones” foram populares na rádio do começo da década de 1990. A faixa “Roll the Bones” teve também direito a um videoclipe. “Where’s My Thing?” é o terceiro instrumental da banda, tendo sido indicado para o Grammy. Destaque também para “Bravado”, uma das canções mais emotivas da banda, como se pode ver nos concertos.
Counterparts foi o álbum seguinte da banda. Lançado em 1993, marca a volta de Peter Collins na co-produção do trabalho. O CD ganhou mais um instrumental da banda, “Leave that Thing Alone” que foi indicado mais uma vez para melhor instrumental no Grammy. “Stick it Out” é uma das composições mais pesadas do Rush, talvez introduzindo o estilo que teria o próximo álbum. Seu videoclipe chegou a aparecer em um capítulo de um desenho animado da MTV. “Nobody’s Hero” chegou a ter direito também a um videoclipe.
Antes de lançar o álbum Test For Echo, a banda dedicou algum tempo a projetos paralelos. Lifeson lançou seu disco solo Victor. Enquanto Lee dedicou seu tempo à sua família, Peart produziu o primeiro volume de Burning For Buddy. Neste álbum participaram vários bateristas a convite de Peart: nomes como Dave Weckl, Steve Gadd, Bill Bruford, entre outros - alguns até já haviam tocado com Buddy Rich. A partir de então, Neil se motivou a voltar a estudar bateria, para descobrir timbres e ritmos novos. Pode-se notar uma mudança na maneira de tocar nos álbuns que se seguiram.
Em 1996 foi lançado Test For Echo. Neste álbum a banda fez um som bem criativo e com peso na medida exata, que agradou bastante ao público. “Limbo” se tornou o mais recente instrumental da banda. A linha de baixo de “Driven” ficou muita marcada para os fãs e, desde então, nas turnês onde a banda a toca, Lee faz um improviso no meio da canção. No ano seguinte Peart produziu o segundo volume de Burning For Buddy.
Dois anos depois foi lançado o álbum triplo ao vivo Different Stages. Os dois primeiros CDs foram gravados durante as turnês do Counterparts e Test For Echo. O terceiro CD consistia em material que estava guardado de um concerto de 1978, marcando a primeira fase da banda.
Depois de Test For Echo, a banda interrompeu os trabalhos por problemas pessoais na vida de Peart. A sua filha, Selena, morreu em um acidente de carro em Agosto de 1997 e, logo depois, a sua esposa, Jacqueline, morreu de câncer em Junho de 1998. Peart entrou, como ele mesmo descreve, em uma jornada de cura [3] com sua motocicleta, viajando milhares de quilômetros pela América do Norte. Essa jornada foi mais tarde descrita no livro Ghost Rider:
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